segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A Chave

O destino traz de volta sementes plantadas há muitos anos, cultivados por anos, vidas e mantidas secretas até seu jardineiro voltar e reconhecer sua criação, suas criaturas, seus objetos, suas vidas passadas e os segredos guardados até o último momento de sua necessidade.

Somente nos extremos causados pela vida é que sua essência é revelada em busca de guardiões de suas preciosidades, trazidos novamente a seu eterno dono, distribuídas pelo tempo em várias salas secretas, profundas, dotadas de tudo de mais tecnológico disponível, tudo de melhor que pode ser cultivado, mantido em segredo até o único dono for levado a reencontrar suas propriedades.










A CHAVE de reconhecimento deste legado oculto até o renascimento, será reconhecido apenas pelos guardiões, que podem encontrar a similaridade das novas criações com as que possuem, trazendo de volta o jardineiro a seus jardins.

Onde foram espalhadas as sementes, quais mantiverem sua fertilidade, quais apodreceram e quais foram depredadas, onde os híbridos criados pelo jardineiro irão crescer e mostrar toda sua excentricidade pode não ser conforme os planos do primeiro cultivador, mas pela migração de seu legado.

Será que tamanha beleza guardada, vista desta forma apenas pelo jardineiro que antecipou tendências, previu beldades de extrema presença, criou cópias para ocultar os originais, mantendo e conservando para eternidade elementos de rara beleza.

Onde estarão as raízes e os brotos do jardineiro, ele procura, se lança na maturidade de sua busca, mostra novamente o que pode criar e espera agrupar ou pelo menos poder rever parte de seu desenvolvimento.

Como toda busca há de se aguardar, embora a espera possa ser maior que o tempo que se dispõe, não pode-se antecipar encontros com a nossa vontade.

Na esperança de em breve encontrar os elos perdidos, rever velhos traços, reencontrar e revelar ao mundo novidades seculares, transpor a cultura frente ao tempo e mostrar que o belo está presente em atividades durante os mais longos tempos.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Expressão

Alvorecer de um novo dia renova-se as esperanças, no céu efeitos de uma passagem truculenta e fantasiosa, mas repleta de ensinamentos.
 Impressão da imensidão do campo com intensas texturas.

 Uma cascata no meio da mata repleta de detalhes sutis.

Uma gélida sensação contrastando: luz, frio e sombra.

 As cores em oposição mostram dois lados do mesmo ambiente.

Entardecer termina um dia, leva as cores quentes, esmaece os tons.






sábado, 5 de julho de 2014

Arte Orgânica Abstrata

O contraditório mas real mundo orgânico, natural, também tem suas abstrações, comumente despercebidas por nós, devido sua magnitude, suas pequenas dimensões ou seu empalidecimento devido a constante exposição solar.


Para captar este mais belos tons e contrastes temos dias de pouca luz, nublados, acinzentados e perfeitamente ajustados para elevar os contrastes e trazer a tona as cores mais vibrantes,


 Existe um mundo diminuto encoberto de belezas e de formas inusitadas, mas para vê-lo é necessário desacelerar, quase parar nos ajustes das lentes, captar o micro com a real precisão ou parte da habilidade imensa que foi necessária para sua construção.

A composição mista, famosa "mix media", arte complexa com interferência, entrada de caverna de arenito degradado pela erosão e com elementos vegetais movimentando a cena.
Talude rochoso alterado, composição de arenito, quartzo branco e micas, além de oxidação ferrosa e dos demais elementos.
Agregado rochoso lixiviado.
Detalhe de penhasco arenítico, há mais de 20 metros de altura do chão.
Raízes de árvore tombada e queimada em solo arenoso.
Líquens em colonização sob troco escamoso de árvore.
Orquídea da família dos Pleurothalis em crescimento pendente sob tronco recoberto de líquens.


As cores também tem fortes contrastes na natureza, apenas escolhem apresentar-se em sua maioria em tons calmos, verdes, azuis, brancos, castanhos, assim como harmonizamos nossos ambientes, muita sobriedade e alguns toques de cor intensa, diminutos mas desse modo mais enaltecidos.




terça-feira, 24 de junho de 2014

Pedaços de Cor

Um trabalho tão intenso que deve ser visto em pedaços, pedaços em cor, assim os detalhes realçam e o conjunto ganha mais vida em um fundo enegrecido.




 Das sombras surge a luz e nada é tão completo que a intensidade da cor permeando a penumbra.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Abstracionismo II

A linha, o abstrato, cores aleatórias com cuidadoso posicionamento geométrico, quase matemático, gerando beleza na sua forma mais intensa, original, única, surpreendente, ousada e cativante.


O conflito dos elementos frente as cores e formas puras, realismo fantástico, movimento eclético.
Da reta, a linha, a tensão presa, suspensão de formas quadráticas com pinceladas irregulares.
Rabiscos delimitados por cortes de geometria precisa, a intensidade do rubro neutralizado com os tons frios.
Pedaços simples da pintura original cortados de locais distintos, formando um par, com impressão de continuidade e sequência.

Sobreposição de elementos, repetição para intensificar os traços e definir as formas.
De um estolão surgiu um broto,
      cresceu, enrijeceu, desenvolveu e criou espinhos,
               quanto mais forte e defensivo, mais simples foi o motivo,
                        trouxe na ponta em lança coberta de rubro sangue
                                o clamor da paz e da beleza do ser,
                                        cada vez menos nobre e soberbo,
                                                ungido somente de consciência,
                                                       que pode ser demonstrada em flor.


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Ilustrações II

 
Trazer do mundo real elementos do imaginário, dando propriedades diferentes aos elementos, revolvendo o habitual, gerando personagens, figuras, objetos, coisas muito além do dia a dia. 

Na ficção morra um mundo que existe dentro de nosso imaginário e por ser único, por vezes, é mais encantador que os elementos reais.

Ilustrações para um mundo imaginário que não pode ser visto com um olhar comum, em plano grande os elementos achatam-se, perdem profundidade e sentidos.


 


A mesma imagem em vista mais afastada dinamiza os elementos criando o efeito óptico de profundidade.


 


Quando menor o tamanho mais profundos ficam os detalhes, opondo-se as leis físicas.


 

Imensos formatos gerados apenas para permitir a minuciosa criação de detalhes, que por sua vez, precisam ser embaralhados pela nossa visão para obter-se melhor definição.

 
A criação de elementos em ilustrações muitas vezes precisa desconstruir tudo, em pequenas partes, então, só então, a textura desejada, a minúcia, a preciosidade pode ser revelada.
 
A difícil escolha dos elementos mais valorosos, ou seja, da melhor representação, pode esconder trabalhos expressivos, verdadeiras fábulas, perdidas no olhar ligeiro da escolha, ou na falta de experimentação do tamanho adequado.
 
O meio de divulgação, digital, impresso em papel, ou outros elementos pode fazer toda a diferença entre um trabalho perfeito ou apenas algo normal.
 
Mesmo olhares mais treinados nos elementos de divulgação podem submergir em erros, enganos e desastres, pois quando criamos padrões e parametrizamos os elementos, estes só são válidos após experiência real, testes no meio definitivo.
 
Logicamente nos dias apressados de hoje, não dispomos de tempo e nem custos que permitam toda a adequação apropriada, logo, convivemos com trabalhos de pouco impacto, apenas acidentalmente as ilustrações mostram toda interação que podem ter com o texto, tornando-se uma completa ampliação do imaginário lido, maximizando os sentidos.
 
A recomposição, remontagem, desdobramentos do trabalhos original, são mais comuns com os artistas, por vezes estamos com alto espírito criativo cada trabalho é uma nova linha ou série, outras vezes estamos mais construtivos, à partir de trabalhos já criados, produzimos novas versões e seus complementares.
 

Pedaços do conjunto podem apresentar-se mais facilmente que o todo, pois pedem uma visão mais simplista.
 
 
O estilo deve variar conforme o caminho que deseja expressar, seja na palidez e sutileza do grafite inicial, atravessando densas cores de aquarela, ressurgindo da geometria quadrática, efusiva em cores incandescentes, neutralizando os tons, aumentando a complexidade das formas ou ainda deixando o "destaque" parcialmente oculto, para ser descoberto por seu observador, todos rumos levam a lugares que merecem ser visitados pelo imaginário.
 Trazer para o papel mais que a imagem, a semelhança, trazer os sentimentos e personalidade dos elementos, tais como "O Menino Levado" ou "Um Olhar Furioso".

 
A construção dos elementos sempre pede uma estória, um texto complementar que perde o papel principal após dar vida a figura, como uma mãe que esta sempre a sombra de um filho, lhe amparando, mas deixando-o seguir seu caminho.
 











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