Trazer do mundo real elementos do imaginário, dando propriedades diferentes aos elementos, revolvendo o habitual, gerando personagens, figuras, objetos, coisas muito além do dia a dia.
Na ficção morra um mundo que existe dentro de nosso imaginário e por ser único, por vezes, é mais encantador que os elementos reais.
Ilustrações para um mundo imaginário que não pode ser visto com um olhar comum, em plano grande os elementos achatam-se, perdem profundidade e sentidos.
A mesma imagem em vista mais afastada dinamiza os elementos criando o efeito óptico de profundidade.
Quando menor o tamanho mais profundos ficam os detalhes, opondo-se as leis físicas.
Imensos formatos gerados apenas para permitir a minuciosa criação de detalhes, que por sua vez, precisam ser embaralhados pela nossa visão para obter-se melhor definição.
A criação de elementos em ilustrações muitas vezes precisa desconstruir tudo, em pequenas partes, então, só então, a textura desejada, a minúcia, a preciosidade pode ser revelada.
A difícil escolha dos elementos mais valorosos, ou seja, da melhor representação, pode esconder trabalhos expressivos, verdadeiras fábulas, perdidas no olhar ligeiro da escolha, ou na falta de experimentação do tamanho adequado.
O meio de divulgação, digital, impresso em papel, ou outros elementos pode fazer toda a diferença entre um trabalho perfeito ou apenas algo normal.
Mesmo olhares mais treinados nos elementos de divulgação podem submergir em erros, enganos e desastres, pois quando criamos padrões e parametrizamos os elementos, estes só são válidos após experiência real, testes no meio definitivo.
Logicamente nos dias apressados de hoje, não dispomos de tempo e nem custos que permitam toda a adequação apropriada, logo, convivemos com trabalhos de pouco impacto, apenas acidentalmente as ilustrações mostram toda interação que podem ter com o texto, tornando-se uma completa ampliação do imaginário lido, maximizando os sentidos.
A recomposição, remontagem, desdobramentos do trabalhos original, são mais comuns com os artistas, por vezes estamos com alto espírito criativo cada trabalho é uma nova linha ou série, outras vezes estamos mais construtivos, à partir de trabalhos já criados, produzimos novas versões e seus complementares.
O estilo deve variar conforme o caminho que deseja expressar, seja na palidez e sutileza do grafite inicial, atravessando densas cores de aquarela, ressurgindo da geometria quadrática, efusiva em cores incandescentes, neutralizando os tons, aumentando a complexidade das formas ou ainda deixando o "destaque" parcialmente oculto, para ser descoberto por seu observador, todos rumos levam a lugares que merecem ser visitados pelo imaginário.
Trazer para o papel mais que a imagem, a semelhança, trazer os sentimentos e personalidade dos elementos, tais como "O Menino Levado" ou "Um Olhar Furioso".
A construção dos elementos sempre pede uma estória, um texto complementar que perde o papel principal após dar vida a figura, como uma mãe que esta sempre a sombra de um filho, lhe amparando, mas deixando-o seguir seu caminho.
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