quarta-feira, 31 de julho de 2013

Arte Orgânica Contemporânea 2

 
Continuando  da série anterior, trago novos elementos de arte orgânica contemporânea.
Nada mais inovador que encontrar na natureza a obra de arte pronta, finalizada e adaptada ao ambiente. Quando avistei primeira vez a obra abaixo, não pude parar de admirar a simplicidade desta complexa obra, uma pedra partida ao meio, amolada pelas águas e intensamente colorida de fungos esbranquiçados. Em meio a sua divisão outras pedras param abraçadas pelo abrigo seguro da fenda.
Outra revelação traz a imagem do horizonte, circundado por rochas degastadas com as marés.
Com a indulgência do tempo as obras tornam-se mais simples e também mais belas, pois incorporam uma existência, um significado, algo em particular que a complexidade não pode explicar, mas a presença da obra diz por si própria.
Os elementos naturais trazem texturas e formas nos mais inusitados locais, temos abaixo uma composição de animais:
As formas curvas mais belas estão nas mulheres e não nas esbeltas modelos e sim nas voluptuosas, que além de belas, trazem uma simpatia singular.
No tempo mudam as formas, o mais belo, torna-se comum, o absurdo passa ser um objetivo, mas algumas mentes ainda conseguem pensar por si próprias, e ter a autenticidade do olhar único, simples e belo em tudo que está a sua volta.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Arte Orgânica Contemporânea

Trazer elementos naturais a trabalhos artísticos, sempre causa incertezas, devido sua deterioração, por este motivo, os elementos naturais foram captados com câmera digital, e posteriormente traduzidos em arte orgânica contemporânea.
Com incrível contraste a natureza gera composições inusitadas de infinita beleza, também com uma força dinâmica de alteração, pois se não for captada no exato momento de seu esplendor, pode deixar para sempre sua ausência, mas com eterna renovação, deste modo, podemos dizer que:

NA NATUREZA NUNCA PERDEMOS O MOMENTO DE CONTEMPLAR A BELEZA, APENAS CHEGAMOS TARDE PARA O ESPETÁCULO PASSADO, E ÀS VEZES, CEDO DEMAIS PELO PORVIR.

Na esperança de estar no momento perfeito para vislumbrar seu apogeu, mostro a seguir alguns trabalhos que unem minha mente imaginativa com a genialidade da natureza.

Recortes de imagens podem falar mais que o todo.
A geometria oposta a forma orgânica causa também complexidade.
E por fim a simplicidade das folhas na troca das estações.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Ilustrações

Ilustrações são formas de criar imagens de algo vago, abstrato, mas mesmo assim com forte presença como nossos sentimentos. Dão forma e cor a dois males de nosso tempo, os "Vírus" e as "Doenças". Ambas pinturas feitas em acrílico sob papel e datam de mais de 15 anos atrás.




Outros dois estados de espírito marcantes são a "Inocência" e a "Alegria", gerados na mesma série dos trabalhos anteriores, mas com formas oriundas da espontaneidade que surgem estas situações.
 

Como definir forma e cor para um conjunto de seres tão singulares como as "Mulheres", lembrei de uma frase, quando não puder definir algo complexo, simplifique em pequenas partes, de modo a representar o todo.

Pode-se conseguir uma expressão totalmente distinta mudando a técnica e os elementos de pintura, para experimentar novos meios ingressei no pastel oleoso.
Definir formas e texturas com pastel oleoso é um desafio, pois ao contrário das tintas desliza sobre o papel e tem uma composição diferente. A mesclagem das cores não dá-se de forma tão fácil como nas tintas, exige um cuidadoso planejamento de camadas e riscos, com complementações sucessivas, de modo a obter uma cor sólida miscível. Utilizo técnicas mistas, empregando também tinta óleo metálica prata, grafite e espátula. Os trabalhos tem textura aveludada da cera e filetada da espátula.
No detalhe, extraí do conjunto o elemento título, para que o observador possa ter focos diferentes da mesma obra.
A composição completa imersa em elementos de movimento contínuo.
Outro detalhe em meio a intensa circulação dos elementos.
O trabalho completo, emvolta da floresta os elementos circundam o pássaro.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Abstracionismo

Trabalhos com poucas cores podem instigar os sentidos levando o imaginário muito além das cores, pois trazem as formas, texturas e sombras a tona, causando no olhar um poder criativo à partir do expectador.
Com o objetivo de mostrar o emprego das nuances das cores, apresento os trabalhos à seguir, com datas de execução desde 20 anos atrás até o dia de hoje.
Com uma palheta reduzida do branco até o preto utilizo a geometria para criar os movimentos, as texturas são dadas também pelo uso de tintas metálicas (prata), de forma que a luz incidente crie novos efeitos sobre a pintura.
O cosmos inspirou o trabalho seguinte, oposto ao superior, curvo e globular, trazendo movimento sobre as massas das figuras que chocam-se e fundem-se ao encontro de novas formas.
Sobre a escuridão formas e texturas pairam, ora estão voando no espaço, ora estão achatadas sobre a textura de rocha metálica, como ranhuras desenhadas sobre uma superfície desgastada pelo tempo.
Como prever o caminho das cores, por vezes as variações de tons, causam maior impressão de texturas que o colorido cromático, gosto particularmente das variações de formas, que mostram um local totalmente inédito, inexplorado, com existência limitada ao imaginário do criador e seus expectadores.
O coração que move o mundo expõem-se dilacerado, sanguíneo são os contrastes entre o pálido grafite de fundo e o rubro, mostram contrastes pouco observados e raramente empregados no cotidiano.
Tão essêncial quanto o vermelho temos o azul do céu e das águas, translúcidas substâncias que regem toda a vida que conhecemos.
E por fim, para dar descanso temos a noite, onde as sombras criam formas que a muitos encantam, nos mistérios ocultos da penumbra.
As estrelas que em todos os lugares encontram-se, no mar, no céu, nas pessoas, trazem seu brilho a nossa existência.