quarta-feira, 22 de maio de 2013

Arte Contemporânea na Mudança das Estações

A natureza traz sua sabedoria no início do outono preparando-se para o inverno, assim como preparei alguns dos mais intensos trabalhos que fiz para apresentá-los no decorrer deste tempo.
Nesta caminhada trago além do mais belo que pude produzir em aquarelas, até então pouco divulgadas, também imagens capturadas em cenários deslumbrantes e seres que habitam nosso mundo, algumas tem a ajuda de amigos que gentilmente cederam as imagens para este fim, nestes casos indico na imagem o privelegiado que teve a honra de ver pessoalmente a imagem. 

Este primeiro trabalho traz as cores frias, banhadas pelo entardecer, nos reflexos do riacho:
Água que harmoniza todas as coisas, sempre traz as cores mais brilhantes que podemos ver, pois atrás de sua transparência há um outro meio, não o gasoso em que vivemos.

Reflexos também tingem as cores dos canais após a intensa chuva, gerando eveitos prismáticos:

O canal corre entre as árvores, com pressa de alcançar o horizonte, sem perceber que está sobre ele o céu azul que deveria estar sob os montes.

A água bate com sua força nos blocos de rocha, abrindo lâminas que fluem nos caminhos do rio:




Some e aparece por caminhos intrincados, mesmo assim sempre desce, simples e descomplicado.

Escorregadio e lamascento, ainda assim traz uma beleza única na virada das estações:

Camuflagem também utilizada pelos pássaros, que fartaram-se nas estações quentes, para guardar reservas para os dias menos generosos.
Agora os riachos mostram-se caudalosos, com grandes corredeiras, para demonstrar a passagem do ciclo de estações:


Pequenos córregos que passavam desapercebidos agora são cascatas:

As flores, as borboletas, as cores vivas agora dão um descanso ao intenso, para surgir o calmo, o tranquilo ou o quase imperceptível:



Suntuosa temos a simplicidade, que não precisa ser explicada.

Sem folhas os galhos secos acenam ao vento nos campos onde outrora havia a plantação:

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Fonte e Jardim da Copa

Para lembrar que além de futebol e samba, temos também outras partes culturais, resolvi então projetar um elemento que mistura engenharia e jardins.

Inicialmente o projeto arquitetônico com a inclusão dos elementos decorativos e estruturais:
O projeto consiste de um espelho d´água no primeiro plano, térreo, em formato retângular para lembrar que trata-se de um campo e com duas traves opostas, cortadas em seu maciço em forma circular. Deste plano erguem-se quatro colunas em aço expandido, para sustentar o terceiro plano. O aço expandido foi escolhido para gerar leveza, e permitir a visão por entre as colunas, por não ser opaco, mantendo ampla visão por entre seus vazios.
Do  segundo nível surgem diversos vasos de água, filetes que caem sob o lago do primeiro plano, mostrando que ambos os lados tem diversos caminhos até a conclusão de cada partida. O contínuo movimento da água, que constantemente muda as direções dos feixes, mostra que nada está definido até o fim de cada jogo.
O terceiro nível mostra a duas cascatas de água que trazem do céu a incerteza do resultado.
A pedra decortiva dos maciços do primeiro nível repetem-se no terceiro formando arcos, para indicar as portas de entrada, por onde o fatos devem passar.
Envolta do conjunto construído está a forma oval dos jardins em vários níveis, como em platibandas do estádio, compostas de vários tipos de plantas, formando grupos que se misturam, como as cores das plantas deste jardim.

Por fim o conjunto composto, trazendo uma vista mais completa do que o projeto pretende mostrar.

Uma mistura de jardim suspenso com cascatas e lagos, circundados de elementos geométricos circulares e retangulares. A presença de elementos em forma de espelho ou duplicidade mostra que somos iguais e que tudo pode acontecer, como os imprevistos e as zebras que ocorrem nestes jogos.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Esferas



As esferas trazem a complexidade de sua existência fictícia, não natural, e o imaginário que nos cerca, este trabalho compõem e descompõem estes globos com seus giros, atmosferas que diluem a tinta a sua volta, tranferindo cores esfumaçadas pelas suas  órbitas, com  enigmáticas existências.

Na esfera da vida o giro perde o compasso,
     segue solto e gira,
gira,
 envolta dos nossos atos,
 pintam cores nos caminhos,
riscam traços nossos atos,
brilham pontos construídos,
com a força de nossos passos.









O começo está no meio do fim,
nada tem lugar certo,
o mundo gira o eixo
e o calor,
torna-se o frio,
um lugar de longe,
 fica perto,
um deserto,
 torna-se um rio.







Esféricos são os caminhos por onde passam os incautos, que em um mundo tão pequeno, pisam em seus rastros à procura de novos passos.
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Qual será o tamanho de seu mundo?
           Como será que ele é medido?
                Com que cores ele é visto?
Tudo pode ser respondido pelo olhar de seus amigos.