sábado, 19 de janeiro de 2013

Móveis Modernos Integrados

O mais complexo sempre na compra de móveis modernos, de design avançados, são a sua adequação a pequenos espaços e sua integração com os demais objetos necessários e muito úteis. Como colocar um pequeno espaço para trabalho dentro de um quarto? Como colocar uma luminária para leitura próxima a cama, sem que essa fique sempre caindo? Enfim como integrar móveis e objetos e mesmo assim ter um espaço limpo, fluído e agradável.

Procurei criar mobiliário com grande composição de materiais e desenhos mutáveis conforme o ângulo ou posição do mesmo, trazendo assim a impressão de sempre estar em um ambiente novo. As texturas da madeira, fórmica e metal trazem a idéia da reciclágem e a facilidade de harmonizar com demais tipos de objetos e móveis.

A primeira proposta é atender um espaço de leitura junto a cama que permita facilmente o posicionamento da iluminação correta, bem como, um acesso simples aos livros ou revistas escolhidos, sem que isto fique desarumado no dia seguinte, sendo fortuitamente escondido, preservando a intimidade.


A forma angular da quina do criado mudo, protege de um acidente no início da manhã sonolento, também toma a forma de um utilitário composto.

A segunda proposta visa atender a um espaço de trabalho junto ao quarto, um micro escritório, com versatilidade e espaços para que tudo fique sempre em ordem.


A mesa de formas orgânicas com capacidade de giro e as prateleiras suspensas permitem a integração do guarda roupa com o espaço de trabalho ou estudo.


As formas geométricas do guarda roupas foram criadas para permitir que este espaçoso volume tenha sempre uma cara nova, conforme o posicionamento de suas portas, criando um painel decorativo. O escritório anexo, quebra a geometria com formas orgânicas sinuosas, tornando o ambiente mais complexo de se ver e mais diverso de assimilar em uma única visão, o que instiga o uso constante sem tornar-se cansativo.


Os materiais do conjunto também visam a pluralidade e facilidade de uso, vidro nos puxadores das gavetas, fórmica nas prateleiras internas, tubo de aço para fixar as prateleiras e mesa, além de pequenos detalhes como alça para puxar o giro da mesa no local correto ou ainda latas para guarda de canetas e assessórios suspensas na prateleira de forma fixa.


A mistura dos elementos de forma e padronagens tão diversos cria um ambiente próximo a natureza sempre surpreendendo conforme o local de onde é avistado.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A Força do Mar


Apresento minha visão particular de como o mar tem mostrado sua força e beleza passando pelos meus olhos e traduzindo em parte sua magnitude.


Nada mais intenso que o vôo das gaivotas, movimentando-se ao sabor do vento, sobre as ondas em sentidos ondulados, como em um balé para o mar.

Os primeiros trabalhos trazem cores sóbrias, caustigadas pelo sol em observações destes lugares. Podemos ver a natureza das encostas rochosas junto ao mar, a formação das ondas com o início do por do sol e por fim as dunas de areia sendo recobertas pela vegetação:

 
 





O litoral de Santa Catarina e seus encantos.

  









O homem cria meios de trabalho com o mar, trazendo seus pequenos barcos que pousam sobre as águas, oponde-se em sincronia.

 




Por vezes a densidade das embarcações domina o contexto.




Nas encostas também existem as ilhas, de um mar particular, limitado, pacífico ou revolto, mas onde a natureza pode mostrar sua face mais íntima, com menos impacto dos homens e com uma realidade única. Abaixo trago as texturas e cores da Ilha do Mel no estado do Paraná.



O por do sol próximo a tempestade assustando o longínquo farol.


O amanhecer de um lindo dia, ainda com as águas da noite chuvosa, sendo sorvidas pelo mar.






E por fim o mar desconhecido, que encanta através de uma foto tirada a milhares de quilômetros do pintor, mas mesmo assim, inspiram uma pintura vista por mais de um par de olhos, é a reinterpretação de um trabalho de outro artista, este no meio fotográfico, mostrando que da mesma forma que a natureza, a arte pode gerar mais arte, em movimentos de continuidade eterna.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Início da Transformação



Trago nesta primeira divulgação trabalhos do início de minha expressão artística.

A ausência de estudos torna a composição sem sentido, traz cores intensas de todo lado causando uma confusão mental para tentar entender a pintura, as cores foram jogadas sem cautela e posterior tentativa de dar algumas sombras ou efeito de profundidade.
A composição é fantasiosa e pouco coerente, trazendo muito dos principios infantis, tais como, água azul e vegetação com vários tons de verde, para tentar criar uma composição perdida em detalhes excessivos, como pode ser visto a seguir: 


Percebida a fatalidade da cor, parti para esboços e figuras mais abstratas, criando a primeira coleção chamada de Natureza Geométrica.

Ao lado estão esboços da primeira coleção, são riscos sobre papel branco em pequeno formato (5x5cm) apenas para exercitar a composição.




 Após vários rascunhos resolvi melhorar a idéia inicial, ainda em tamanhos pequenos (23x20cm), foram elaborados com tinta acrílica sobre papel comum os estudos com cores, que podem ser vistos abaixo:



A dificuldade na execução dos modelos em cores deve-se mais ao material, papel comum, que se dissolve com as tintas acrílicas de base aquosa, exigindo cuidados para não pintar em áreas próximas, para evitar danos ao estudo.




Incrivelmente após a deformação do papel, a secagem das fibras voltaram a uma posição próxima a plana, permitindo a continuidade do estudo. Somente há uma camada de tinta em cada área, após totalmente seco o papel foi prensado dentro de plástico e colocado dentro de um catálogo que com o peso aplanava.


Durante aproximado 3 anos foram executados inúmeros estudos de tamanho não superior A4, pois podiam ser facilmente guardados em catálogo e tinham execução de algumas horas até vários dias.

 As composições sempre vinham de croquis de observações oriundas de toda parte, feitas em qualquer papel com qualquer coisa que risque, sempre que despertada a atenção, os croquis podiam compor-se de outros croquis sendo acrescidos e eliminados itens conforme meus critérios pessoais, a seguir uma sequência:



Rabiscos amontoados em um papel são detalhes importantes na composição do grafite à direita, a montagem poder vir de vários folhas com rabiscos, conforme a necessidade de mais elementos, as datas dos elementos também alternam-se sem preocupações históricas apenas estéticas.


Após anos, os desenhos podem ser aproveitados em outros estudos ou ainda em obras finais, ou terminais daquela época, pois novas versões podem recompor os meios e formas utilizados, sendo está a construção e re-construção das imagens que transitam no imaginário do artista.

Após alguns anos os estudos criaram a coleção Natureza Geométrica, pela primeira vez utilizando uma técnica mais tradicional óleo sob tela, conforme pode-se ver a seguir:


 

Natureza Geométrica I - Causou uma boa sensação ao artista, elaborada para iluminar um quarto escuro e pequeno, traz poucos detalhes, há preferência por amplos espaços e com intensas cores, o lado imaginário fica por conta dos algarismos em criptografia negra e misteriosa, durante muito tempo esta tela trouxe muita paz de espírito e equilíbrio a minha pessoa, atormentado com uma universidade muito distante da família e frente ao total desconhecido: cidade, ambiente, pessoas, regras e metas difíceis de se cumprir.

Personalidade do pintor

 A personalidade de cada pintor, sua inspiração, a maneira como seu interior é refletido em imagens externalizadas com tinta é a essência da arte criada pelo mesmo.

Temos muitas vezes a volúpia, a oscilação constante de temperamentos, a forma explosiva ou ainda a maneira curiosa para não dizer pitoresca de cada um fazendo cativar as pessoas muito mais que sua expressão artística ou a originalidade de seus trabalhos.

Durante as eras sempre houve os caminhos tradicionais apoiados pelos meios financeiros envoltos de reconhecimento e nobreza e os desvios que geralmente são marginalizados, expurgos  e banalizados em sua maioria só compreendidos muitos anos após, justamente pois deixaram de existir.

Nestes tardios reconhecimentos está a necrofilia da arte, o belo pela raridade ou ainda pela dificuldade de adquirir tais trabalhos. A notoriedade vem da escassez de recurso muito mais do que de sua exuberância. Neste caminho que a arte impõe movimentos como a dançarina cria novas coreografias, sempre tentando o inusitado para ser notado como elemento único, raro e portanto valorizado.

As técnicas artísticas sempre mostram-se obsoletas após a expressão de algo maior pelo artista seu modo único de ver, interpretar e demonstrar sua visão. 

O mundo é vazio sem a beleza da criação original, não pode-se lembrar de algo que seja repetido, pois perde o valor, buscamos a beleza em elementos únicos. Quantas cidades podem ser lembradas sem seus ícones de arquitetura? Quantos homens podem ser lembrados por seus pensamentos? Quantos objetos podem ser úteis sem conhecer sua finalidade? Precisamos sempre de referências e nem sempre nos permitimos enxergar a beleza repetida das coisas simples.

Sem a pretensão de exprimir uma gigantesca originalidade, uma personalidade pitoresca ou ainda uma revolta nos costumes, sigo criando o que minha alma se encanta, o que traz a ela a felicidade e o prazer da satisfação de executar o que mais me agrada a expressão em forma de pintura, escultura ou ensaios mirabolantes guardados para atender somente a minha expressão interior.

Espero que tenham alguma reação à partir da minha expressão, isto terá tornado todo o trabalho útil e criador de movimento sem o qual estagnamos e perdemos o sentido da vida.

Vou começar pelos trabalhos mais antigos que trazem a ingenuidade e a fraqueza de construção, cercada de pouca influência e um princípio amador.